Na Unidade Básica de Saúde Alexandra Kollontai, no bairro Itatiunga, na zona oeste de Patos, é desenvolvido um projeto de horta comunitária pela entidade Caritas Brasileira, que conta com o empenho de 27 pessoas.

O processo se deu através de uma pesquisa, fazendo um levantamento das famílias, depois houve algumas assembleias e foi iniciada a horta comunitária para ser trabalhada na localidade e em benefício dos próprios envolvidos. Francisco José Bezerra da Silva, conhecido como Nino, é quem está à frente do projeto na comunidade. “A parte logística é realizada pela Caritas, que nos orienta, e os envolvidos trabalham como uma cooperativa. Tudo é todos”, disse Flaviana Guedes, umas das envolvidas no projeto e que tem produzido molho de pimenta para comercialização. As pimentas ela colhe na horta comunitária e o molho vem fazendo sucesso.

No espaço destinado, que funciona no jardim da unidade de saúde, os envolvidos plantam  pimenta, pimentão, tomate, alface, cebolinha, cebola, coentro, couve-flor, rabanete, repolho, cenoura, banana, limão, laranja, acerola, mamão, jambo, pinha etc, tudo livre de agrotóxicos.  “Aqui todos trabalham, todos ajudam, e a produção é de todos”, disse Nino.

Durante a semana eles se revezam no acompanhamento da horta e no domingo à tarde se reúnem para tomar decisões entre eles e planejar as ações da semana vindoura. Os envolvidos esperam a liberação de um novo terreno, por parte da Prefeitura, para que a horta possa ser ampliada. “Estamos aguardando o parecer porque o prefeito Sales Júnior sancionou o Projeto de Lei nº 5.104/2019 que tem como intuito o incentivo à horta comunitária e compostagem no município de Patos. Fizemos um requerimento solicitando  um terreno maior para que a comunidade possa ter uma horta maior, com mais participação e com mais potencial de ajudar a comunidade. Estamos esperando o parecer do procurador Jonas Guedes”, disse Flaviana.

Flaviana também destaca a vantagem dos produtos serem livres de agrotóxicos: “A nossa preocupação é o tanto de veneno que se é colocado nas plantações hoje. Só esse ano foram mais de 500 tipos de agrotóxicos que foram liberados para ser usado nas plantações e nossos produtos são sem agrotóxicos, produtos puros que podemos comer sem medo”.

Tudo o que é produzido na horta é distribuído entre os próprios envolvidos, que além de aprenderem as técnicas da horticultura ainda economizam dinheiro, pois passam a consumir as frutas e verduras produzidas na horta comunitária, fazendo com que os cooperados não mais precisem comprar tais produtos. A perspectiva é que esse projeto cresça com o tempo e beneficie ainda mais os envolvidos. “A gente faz amizade, aprende, é uma terapia ocupacional, e estamos trabalhando para que esse projeto fique ainda maior para que possamos colher ainda mais do fruto dos nossos esforços e possamos colaborar com a comunidade. O projeto tem chamado atenção do bairro, inclusive escola trazem crianças aqui para ver o nosso trabalho e desse forma estamos cada mais entusiasmados com esse trabalho e seremos agentes multiplicadores desta ideia”,   disse Kássia Priscila, integrante do projeto.

Folha Patoense