Comandante Leonides Marcelino comenta mudanças provocadas pela resolução 778 do Contran

18/06/2019 - 12:13 - Gerais

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Comandante Leonides Marcelino comenta mudanças provocadas pela resolução 778 do Contran

Comandante Leonides Marcelino

 

O Blog do Jordan Bezerra entrevistou o Comandante da 4ª Companhia de Trânsito (4ª CPTRAN) em Patos, Leonides Marcelino, na tarde desta segunda-feira (17), para falar sobre a resolução 778 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que trouxe alterações sobre o uso de simuladores em autoescolas, a redução do número de horas-aulas e outras medidas.

 

A resolução foi publicada, nesta segunda (17), no Diário Oficial da União, mas só entrará em vigor a partir de setembro de 2019 e traz modificações para o processo de formação de condutores veiculares no Brasil. Dentre as alterações, o uso de simuladores passou a ser facultativo, reduzindo a carga horária de 25 para 20 horas-aulas.

 

Outra modificação diz respeito aos condutores de ciclomotores, veículos com até 50 cilindradas. Eles precisam de uma Autorização para Condução de Ciclomotores (ACC), e para a obtenção eram necessárias 20 horas-aulas de teoria e prática, mas a resolução tornou facultativo o curso antes da realização do teste. E agora são apenas 5 horas no mínimo para a obtenção da autorização; os condutores também podem utilizar os seus próprios veículos na hora do teste.

 

A reportagem do Blog do Jordan Bezerra foi ouvir a opinião do especialista em trânsito Comandante Leonides, que fez algumas observações sobre as mudanças provocadas pela resolução 778.

 

“Em meu ponto de vista, a resolução tem um aspecto positivo, vamos dizer assim, com relação ao valor das carteiras, pois ela irá baratear custos para a obtenção da carteira de habilitação; esse é um ponto bastante importante. Nós já somos onerados demais pelo Estado e esta redução é bastante relevante neste sentido”, considerou o comandante.

 

Entretanto, ele afirmou que a não obrigatoriedade do uso de simuladores pelas autoescolas pode contribuir para uma formação menos qualificada dos condutores.

 

“Por outro lado, um ponto negativo é que nós deixamos de qualificar ainda mais os nossos condutores. Então eu não tiraria o simulador, pelo contrário, eu ampliaria mais ainda o aprimoramento na formação de nossos condutores. Mais conhecimentos, mais recursos audiovisuais, tudo aquilo que pudesse qualificar e levar mais conhecimento e educação aos condutores seriam mais importantes nesse aspecto, em meu ponto de vista. Então o ideal seria baratear os custos para a obtenção da carteira, mas aprimorar a qualidade, manter o uso de simulador, mas reduzir os custos”, considerou Leonides Marcelino.

 

O comandante disse que se fosse possível reduzir o valor da Carteira Nacional de Habilitação para o valor de 1.000,00 (mil reais) seria a melhor opção para que todas as pessoas pudessem ter condições de se legalizar para o uso de veículos no país, mas sem redução na qualidade do curso de formação.

 

Blog do Jordan Bezerra