O noticiário radiofônico patoense reverberou, esta semana, praticamente dois assuntos: o lançamento da programação do São João e a interdição ética da maternidade Peregrino Filho.

 Sabemos que informações ligadas à festa junina mais importante do interior da Paraíba têm um apelo natural de audiência.

 Quanto à maternidade, os salários atrasados e as constantes ameaças de paralisação, acabaram rendendo pautas recorrentes, até pela gravidade das denúncias.

 Quem ganhou com essa repercussão toda foi o município, pois parecia que os problemas da cidade tinham deixado de existir de repente. 

 Some-se a isso os rasgados elogios ao novo secretário municipal de saúde; e algumas entrevistas do Prefeito interino nas emissoras de rádio, com abordagens não muito ácidas. 

 Não houve fôlego nem para reclamar dos 20 metros da rua Felipe Camarão, que estão esburacados; assunto "tão importante" que já rendeu até live de vereador.

 Coincidência? 

 Ainda mantemos as características do rádio invioláveis, sobretudo a credibilidade.

 Acredito que estejamos nos adaptando a essa nova fase, principalmente, após o advento das redes sociais onde a marca da exclusividade passou a ser da população.

 Porém, cabe a imprensa continuar chamando para si a responsabilidade do debate na condição de mediadora, sem deixar de ser questionadora.

 E, pelo amor de Deus, calar-se, jamais!!

 Misael Nóbrega de Sousa