Quadrilha de irmãos usava transporte por aplicativo para vender cocaína

23/03/2018 - 21:06 - Policial

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Quadrilha de irmãos usava transporte por aplicativo para vender cocaína

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou, nesta quinta-feira (22/3), o resultado de uma Operação Negócio de Família, que prendeu quatro traficantes de Vicente Pires, três deles irmãos, que forneciam drogas para a classe média alta de Brasília. Também foram apreendidos cerca de R$ 30 mil, armas e cinco carros, sendo dois de luxo. Um comprador também foi preso, flagrado no momento em que adquiria o produto ilícito.

A investigação constatou que o grupo atuava havia pelo menos dois anos e era composto por três irmãos, dois homens e uma mulher, e o marido dela. Segundo o delegado da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), Luiz Henrique Sampaio, o grupo só trabalhava com cocaína. Eles vendiam a droga somente para pessoas de elite, de classe média alta. Por ser um produto sem mistura, com 99% de pureza, só pessoas com poder de aquisição podiam comprar, afirmou. Os compradores eram, principalmente, moradores de áreas nobres do DF, especialmente de Águas Claras e do Plano Piloto.

De acordo com o delegado, a quadrilha comprava o quilo da droga em regiões de fronteira por R$ 25 mil e revendia cada 5g por R$ 200, o que rendia um lucro de R$ 65 mil por quilo. Com isso, eles viviam em um padrão de vida em ascensão, segundo Sampaio.

A investigação aponta, ainda, que o grupo utilizava uma kitnet em Águas Claras para guardar a droga. Suspeitando das investigações da polícia, no entanto, o bando alugou, ainda de acordo com o delegado, um quarto em hotel de luxo de Águas Claras para armazenar o entorpecente. Os 3,5kg confiscados na operação foram achados nesse hotel e na casa onde os dois irmãos homens moravam, em Vicente Pires.

Motorista de aplicativo

Um dos traficantes é motorista de aplicativo e vendia a droga enquanto trabalhava. Isso proporcionava a condição de conversar com pessoas, oferecer, distribuir e desfilar pela cidade de uma forma discreta e eficiente. Entregando e fazendo as cobranças, diz o delegado.

A investigação da operação batizada de Negócio de Família durou seis meses e foi uma desafio para a polícia devido à “sostificação do grupo e por ser para pessoas eletizidas”. A organização criminosa movimentava cerca de R$ 100 mil por mês. O comprador preso é morador de Formosa (GO) e foi pego em flagarte com 0,5kg da droga.

 

Fonte Correio Braziliense