Ex-presidente do PSB, Edvaldo Rosas, afirma que não vai recorrer de intervenção no partido

19/08/2019 - 16:38 - Política

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Ex-presidente do PSB, Edvaldo Rosas, afirma que não vai recorrer de intervenção no partido

Edvaldo Rosas

 

 

Depois de ser destituído do cargo da presidência do Partido Socialista Brasileiro-PSB, no estado da Paraíba, o ex-presidente da legenda, Edvaldo Rosas, afirmou nesta segunda-feira,19, que não vai recorrer da decisão tomada pelo diretório nacional do partido.

 

Embora tenha apoio de boa parte das lideranças do PSB estadual, a exemplo de deputados, prefeitos e vereadores, que querem a sua continuação no cargo de presidente, Rosas afirmou que não vai recorrer da decisão tomada pelo diretório nacional, que de maneira inesperada dissolveu o Diretório Estadual da Paraíba.

 

“Poderíamos ganhar tanto na justiça, quanto em uma eleição. Mas o custo disso seria muito alto para todos. Não me interessa ser presidente de todo jeito, de um partido agora dividido, sem unidade interna. Estava à frente do PSB porque tenho história na legenda, fui eleito e tinha um mandato a cumprir. Mas se querem dissolver o Diretório sem qualquer justificativa e num processo intervencionista, não farei cavalo de batalha; fiquem com o partido. Sabendo que pegarão uma legenda estruturada em mais de 200 municípios”, desabafou Edvaldo Rosas.

 

O ex-presidente estadual do PSB, que tinha mandato até o final de 2020, afirmou ainda que não foi procurado em nenhum momento, pelos dirigentes ou membros do partido, com a proposta para o ex-governador Ricardo Coutinho assumir a presidência do PSB, antes do final de seu mandato, e questionou a forma como ocorreu a intervenção.

 

“Muitas pessoas que assinaram a lista pela dissolução retiraram seus nomes quando souberam o real motivo e isso não foi levado em consideração, como também a conferência das assinaturas e o fato de suplentes estarem votando pelos titulares do diretório”, informou.

 

Edvaldo Rosas disse que o presidente nacional do PSB não agiu com ética, pois ouviu apenas uma das partes, e decretou a dissolução do diretório. “Depois que ele tomou tal atitude e sentiu a reação negativa de seu ato nos chamou para uma reunião em Brasília. Deveria ter feito isso antes, até porque o fato alegado para eu deixar o comando do PSB é um absurdo, já que diversos dirigentes estaduais ocupam cargos públicos em seus estados, a exemplo de Pernambuco, terra do próprio presidente nacional do PSB”, acrescentou Rosas.

 

Rosas lembrou dos cargos que ocupou nos quatro mandatos de Ricardo Coutinho, tanto na Prefeitura de João Pessoa, quanto no Estado, e era presidente do PSB. “Por que podia na época e não pode hoje? Outra coisa engraçada são certas figuras desse movimento se intitularem de PSB-Raiz. Na verdade, chegaram depois das vitórias na Prefeitura e outros no Governo do Estado. Tem gente aí que nem votou na eleição e nem na reeleição de Ricardo para o Governo”, lembrou.

 

O presidente do PSB lembrou que ele saiu junto com Ricardo do PT, quando Lula iniciava seu primeiro mandato e “muitos diziam que a gente estava louco por deixar o PT naquele momento e acreditar naquele projeto que ali se iniciava sob o comando de Ricardo. Nós vencemos várias eleições, realizamos grandes gestões e crescemos juntos esse partido e, agora, eu sou tirado do comando porque aceitei um convite do governador João Azevedo para ser secretário de um governo do próprio PSB. É inacreditável isso. A história é testemunha e saberá registrar as contradições de cada um”, finalizou.


 

Blog do Jordan Bezerra. Com informações: Parlamentopb.com.br