Protestos e paralisações contra cortes na educação ocorrem em todos os estados e no DF

15/05/2019 - 22:29 - Gerais

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Protestos e paralisações contra cortes na educação ocorrem em todos os estados e no DF

Protesto reúne multidão em Salvador — Foto: Maiana Belo/G1 Bahia

 

Ao menos 222 cidades do Brasil, segundo levantamento do G1, tiveram manifestações, nesta quarta-feira (15), contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). Houve atos em todos os estados do país e também no Distrito Federal.


Universidades e escolas também fizeram paralisações, após a convocação de uma greve de um dia por parte de entidades ligadas a sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos. Os atos foram pacíficos.


Foi a primeira grande onda de manifestações durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, pouco mais de quatro meses após ele ter tomado posse. Em Dallas (EUA), Bolsonaro classificou os manifestantes de "idiotas úteis" e "imbecis". Mais tarde, por meio do porta-voz Otávio Rêgo Barros, disse que as manifestações de "legítimas e democráticas, desde que não se utilizem de violência, nem destruam o patrimônio público".

Manifestantes participam de ato contra cortes na educação, na Candelária, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15) — Foto: REUTERS/Pilar OlivaresManifestantes participam de ato contra cortes na educação, na Candelária, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15) — Foto: REUTERS/Pilar Olivares

Manifestantes participam de ato contra cortes na educação, na Candelária, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15) — Foto: REUTERS/Pilar Olivares

A reação às declarações de Bolsonaro apareceu em faixas nos protestos e também em críticas nas redes sociais.

Ao Blog do Camarotti, auxiliares do governo entendem que uma fala do ministro da Educação Abraham Weintraub turbinou as manifestações. Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo" em 30 de abril, o ministro sinalizou cortes em universidades onde houvesse "balbúrdia".

Mapa mostra protestos pelo país — Foto: Igor Estrella/G1Mapa mostra protestos pelo país — Foto: Igor Estrella/G1

Mapa mostra protestos pelo país — Foto: Igor Estrella/G1

 

Resumo

 

 

  • MEC bloqueou 24,84% dos gastos não obrigatórios dos orçamentos das instituições federais. Essas despesas incluem contas de água, luz e compra de material básico, além de pesquisas;
  • As verbas obrigatórias (86,17%), que incluem salários e aposentadorias, não serão afetadas;
  • Sindicatos e movimentos estudantis convocaram um dia de greve contra cortes de verbas que, segundo eles, podem paralisar as universidades;
  • O ministro interino da Economia, Marcelo Guaranys, disse que a arrecadação do governo foi abaixo do esperado e, por isso, foi feito o congelamento temporário de verbas;
  • O ministério informou que "está aberto ao diálogo" e que o ministro se reuniu com reitores de federais.

 

 

Veja a situação dos protestos nos estados

 

 

São Paulo

 

Estudantes e professores fazem ato na Avenida Paulista contra cortes na educação — Foto: Fábio Tito/G1Estudantes e professores fazem ato na Avenida Paulista contra cortes na educação — Foto: Fábio Tito/G1

Estudantes e professores fazem ato na Avenida Paulista contra cortes na educação — Foto: Fábio Tito/G1

 

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