‘Esquema’ pagou R$ 11 milhões a empresa de fachada para transportar estudantes na PB

13/08/2019 - 09:22 - Gerais

Compartilhe:
‘Esquema’ pagou R$ 11 milhões a empresa de fachada para transportar estudantes na PB

‘Esquema’ pagou R$ 11 milhões a empresa de fachada para transportar estudantes na PB

 

Onze milhões de reais. Esse é o valor que foi pago a uma empresa supostamente de fachada para realizar o transporte de estudantes em três cidades do Sertão da Paraíba. A informação está na Ação Civil Pública nº 0800607-60.2019.4.05.8205, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), que terminou no afastamento do prefeito da cidade de Emas, José William Segundo Madruga. De acordo com o MPF o ‘esquema’ teria contratado até mesmo “sucatas” com mais de 20 anos de uso para realizar o transporte dos alunos.


A denúncia foi investigada durante a ‘Operação Veiculação’, em 2016. Pela prática, que teria ocorrido nas cidades de Patos, Emas e São José de Espinharas, a Procuradoria Regional da República denunciou a ex-prefeita de Patos, Francisca Motta; o prefeito José William Segundo Madruga (Emas); o ex-prefeito Renê Trigueiro Caroca (São José de Espinharas) e outras 15 pessoas.


De acordo com as investigações, os valores da locação dos veículos para transporte escolar eram fixados em patamares acima do preço de mercado e a empresa Malta Locadora, situada em Pernambuco, não possuiria patrimônio, empregados ou veículos, “sendo incapaz de prestar os serviços demandados nas 38 licitações que venceu sucessivamente nos três municípios”, relata o MPF.


“Nenhum dos veículos sublocados pelas empresas atendia aos requisitos do contrato, sendo que alguns deles, usados no transporte escolar, eram sucatas com mais de 20 anos, colocando em risco a vida dos estudantes”, alertam os procuradores.


Fraude em praça de eventos


prefeito Segundo Madruga foi demandado pelo MPF por fraude na licitação da construção de uma praça de eventos no município, para beneficiar a empresa Millenium com recursos que totalizam R$ 609 mil. Para a CGU, R$ 159 mil teriam sido desviados.


Além de Segundo Madruga, também foram demandados na ação de improbidade o empresário Dineudes Possidônio (atualmente recolhido no Presídio Regional de Patos); o empresário Madson Fernandes Lustosa (também recolhido no Presídio Regional de Patos); o advogado e contador Charles Willames Marques de Morais (atualmente recolhido em Sala de Estado Maior do Batalhão de Polícia Militar de Patos); o servidor público municipal Eraldo Morais Carneiro; a engenheira civil Maria Virgínia Koerner Pereira e Patrícia Euzébio Araújo.

 

 

Pleno Poder