Maranhão diz que não há o que comemorar com Bolsonaro: “Temos que acreditar em milagre”

14/04/2019 - 21:52 - Política

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Maranhão diz que não há o que comemorar com Bolsonaro: “Temos que acreditar em milagre”

Senador paraibano, Zé Maranhão (MDB)

 

Em uma entrevista concedida ao jornal Correio da Paraíba neste domingo, 14 de abril, o senador paraibano José Maranhão (MDB) disse que foi convidado para a solenidade que marcou a passagem dos 100 primeiros dias de governo de Jair Bolsonaro (PSL), mas não compareceu. O motivo? Segundo o senador, não há o que comemorar.


“Não há o que comemorar. Não se sabe muito sobre o futuro. Eu, particularmente, estou preocupado. Eu torço para que o governo Bolsonaro dê certo. Eu votei nele no segundo turno. Mas, do jeito que vai, temos que acreditar num milagre. Não sei quem o aconselha. Dizem que são os filhos. Mas, esse governo não tem um plano, um projeto, um planejamento para dar esperanças ao povo e criar um elã na sociedade, como JK teve com seu plano de desenvolvimento econômico”.


Mesmo tendo revelado o voto para presidente no segundo turno, Maranhão fez mistério sobre seu escolhido no primeiro turno. Ele apenas revelou que não votou em Henrique Meireles, candidato de seu partido: “Ele é um banqueiro. Acho que ali está boa parte dos problemas do Brasil e eu não iria votar num banqueiro. Da mesma forma, o Paulo Guedes…


Quando foi questionado se haveria problemas na proposta de Reforma da Previdência, Maranhão respondeu:


“Não sei se o Congresso está convencido dessa Reforma. Creio que o governo terá dificuldades e receio que não consiga aprovar a reforma como deseja. Criou-se muita resistência ao tema desde o tempo do presidente Michel, aliás eu não sei a quem interessava atrapalhar tanto as reformas naquela época. Criou-se um espaço, uma lacuna no governo e os movimentos sociais e sindicatos, como os Sem Terra, se aproveitaram para sair na frente criticando o tema com apoio da oposição. Faltou comunicação para tratar de um assunto tão complexo.


Finalmente, Maranhão foi perguntado sobre que conselho daria ao presidente Jair Bolsonaro: “E ele lá ouve alguém? Dizem que ele ouve os filhos, mas você sabe se eles são bem instruídos?”.

 

Parlamento PB