O procurador do município de Patos, Alexandro Lacerda, disse nesta segunda-feira, 12, que o município de Patos ainda não foi notificado para prestar qualquer esclarecimento no processo contra suposto envolvimento em um esquema de fraude em processos licitatórios.

“Até o momento o município de Patos não foi citado e oficiado no referido processo. É uma ação criminal contra sete pessoas que supostamente estariam envolvidos. Foi ofertado a denúncia e o processo vai seguir seus trâmites legais e processuais”, argumentou o procurador.

Alexandro Lacerda acrescentou que o município de Patos é exemplo para outros municípios no que se trata dos procedimentos administrativos, acrescentando que a equipe de licitação tem desempenhado um papel transparente e com os meios mais modernos de informações administrativas. 

Ainda segundo o procurador, o governo municipal se compromete a prestar todos os esclarecimentos ao poder judiciário, no envio de documentos ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, e demais órgãos de fiscalização envolvidos no assunto. 

O PROCESSO

Até agora, o Ministério Público Federal (MPF), tornou réus os investigados Josivan Gomes Marques, Alaor Fiuza Filho, Mayra Mikaelle Dias Fernandes, Eulanda Ferreira da Silva, André Luiz de Sousa Cesarino, Mário Lino de Mendonça Neto e Francisco Marcilio de Pontes Confessor, no curso das investigações da Operação Outside, que investiga esquema de fraude à licitação e conluio na Prefeitura de Patos-PB.

Segundo a Polícia Federal, Eulanda Ferreira da Silva, coordenadora do Núcleo de Convênios da Secretaria de Infraestrutura do Município de Patos, servia como ponte entre o empresário André Cesarino e o setor de licitações do município, facilitando informações que beneficiavam a empresa Engelplan no processo. Eulanda foi exonerada. 

“Para resolver o impasse, ela informou que já havia acionado ‘Paulinho’, assessor do deputado Hugo Mota, em Brasília, e que o prefeito Nabor Wanderley também estava envolvido”, cita parte do documento da Polícia Federal, que cita Paulo Vinícius Marques Pinheiro, secretário parlamentar do presidente da Câmara, Hugo Motta.

O documento também cita o prefeito Nabor Wanderley da seguinte forma: “Nabor Wanderley teria relatado que um depósito de R$ 411 mil havia sido feito na conta da Alça, mas se tratava de um convênio equivocado enviado por Hugo Mota. Eulanda confirmou que já havia comunicado ‘Paulinho Pinheiro’ sobre a necessidade de correção junto ao Ministério. Em meio a essa situação, André questionou se Eulanda preferia que ele mesmo encaminhasse a mensagem ao prefeito Nabor Wanderley ou se ela faria isso diretamente”, prossegue o documento. 

O deputado Hugo Motta citado nesta informação, não se pronunciou sobre o assunto, mas o espaço está aberto aos esclarecimentos que julgar necessários.

Patos Online