A Federação Paraibana de Futebol (FPF) alterou, de forma silenciosa, o próprio estatuto para permitir reeleições ilimitadas na presidência da entidade. A mudança, aprovada em assembleia extraordinária no fim de 2024, foi oficializada em 13 de maio de 2025, sem qualquer divulgação prévia.

A reforma estatutária foi articulada por Michelle Ramalho, que comanda a FPF desde 2018 e cujo mandato caminhava para o fim, já que o estatuto anterior — de 2017 — permitia apenas uma reeleição. Agora, com o novo texto, não há mais limite de mandatos. O artigo 58 do novo estatuto é explícito: “reeleições ilimitadas, sem qualquer restrição quanto ao número de vezes”.


A presidência da FPF, segundo o novo modelo, será composta por um presidente e três vice-presidentes com mandatos de quatro anos, todos com possibilidade de reeleição sem limite. Para disputar o cargo, a chapa deve contar com o apoio mínimo de 16 entidades — entre clubes profissionais e amadores.


Michelle Ramalho, que também é candidata à vice-presidência na chapa única da CBF, poderá acumular os dois cargos, pelo menos por 180 dias. A eleição da CBF está marcada para o próximo domingo (25), no Rio de Janeiro, e conta com apoio de 25 federações e dez clubes.


A presidência da FPF já foi ocupada por figuras de longa permanência, como Rosilene Gomes, que esteve no cargo por 25 anos até ser destituída pela Justiça. Michelle pode agora seguir o mesmo caminho, mas desta vez, amparada por um estatuto que elimina qualquer obstáculo à continuidade no poder.

Blog do Jordan Bezerra 

Com informações de ClickPB