Três anos de saudades de meu pai, Miguel Lilioso, por Jordan Bezerra

05/04/2024 - 04:42 - Opinião

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Três anos de saudades de meu pai, Miguel Lilioso, por Jordan Bezerra

Miguel Lilioso

 

Hoje, 5 de abril de 2024, a saudade se renova em nossa família, pois, exatamente há 3 anos, meu pai, Miguel Lilioso de Lucena, 75 anos de idade, não resistiu a uma operação e realizou sua páscoa no Hospital de Trauma de Campina Grande, enquanto passava por uma cirurgia na perna, em uma artéria. Painho teve duas paradas cardíacas e, infelizmente, não conseguiu sobreviver.

 

 

Ele era natural de São José de Espinharas, que, à época, pertencia ao município de Patos-PB. Era casado com Maria do Socorro Bezerra Régis, com quem teve 12 filhos: João Neto, José Roberto, Jamerson, Jânio, Valdecira, Jordan, Jairo, Luciana, Francisco, Miguel Júnior, Helton Jonas e Maria de Lourdes. Deixa também 13 netos e uma legião de amigos. 

 

 Meu pai era um verdadeiro fazedor de amigos. Por onde passava, era, sem dúvidas, um homem muito bom, cheio de virtudes e qualidades.

 

 

A cada visita na Fazenda Nossa Senhora de Lourdes, em Catingueira-PB, a lembrança dele se aflora ainda mais forte. Digo mais forte, pois tudo lá lembra ele. Todo dia, em alguma situação, de alguma forma, eu lembro dele. Certamente isso vale também para minha mãe, Maria do Socorro, sua grande companheira por quase 51 anos de casados. O sentimento de saudade se aplica também aos corações dos meus irmãos e aos demais familiares. Só sei que não é fácil conviver sem sua presença física, pois espiritualmente painho vive em nossos corações. 


Quando pensava em escrever as palavras me eram tragadas pela saudade. Ontem à tarde estava vendo a bela paisagem do sertão, tudo verde, chuvoso e lembrando dele, e as lágrimas foram minha companhia, e, meu filho perguntou: o que foi pai, porquê está assim?

 

 

 

A luta dele e de minha mãe para criarem seus 12 filhos foi grande, porém, o maior era orgulho deles era ver cada uma de nossas conquistas, isso era nítido no brilho de seus olhos.

 

 

Quando passei nos concursos do IBGE e da Cagepa, foi um grande orgulho para meu pai. Ele saía comentando para seus amigos, e assim era com cada um dos meus irmãos. Quando concluí o curso de jornalismo na UNIFIP, ele disse: parabéns ‘caba macho’. Ele foi um grande incentivador para nós concluirmos os estudos e nos formarmos. Nunca esqueço na época do ensino fundamental quando ele fez um esforço grande para comprar três bicicletas velhas; para mim, Jânio e Jairo, para estudarmos em Santa Terezinha e nós percorríamos 25 km todos os dias. Só posso expressar minha eterna gratidão, meu pai. Obrigado pela sua dedicação e seus ensinamentos.

 

A saudade do senhor é grande, a falta que o senhor nos faz é enorme, no entanto, temos a certeza que estás no Céu, por tudo de bom que fez para nós e também pelos seus amigos.

 

Ele gostava de dizer: “Morre o homem e fica o nome”. É verdade. Isso é perceptível, pois ele deixou uma legião de amigos. Nós recebemos tantos gestos de carinho e respeito e também testemunhos dos diversos atos de bem que Miguel Lilioso fez por tantos aqui na terra. Isso tudo nos orgulha e cresce em nós a responsabilidade de manter seu grande legado!

 

O que nos resta é rezar pelo senhor e lutarmos para trilharmos seus valores e ensinamentos, pois eles são um norte para todos nós. A DEUS muito obrigado pelo pai que nos deu.

 

 

 

Por Jordan Bezerra