A população de Patos, no Sertão paraibano, voltou a cobrar com veemência a instalação do Centro de Atendimento ao Autista, promessa que se arrasta há mais de dois anos. O apelo mais recente veio da deputada estadual Francisca Motta (Republicanos), que usou a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba nesta terça-feira (14) para denunciar o atraso e pedir providências urgentes por parte da Secretaria de Desenvolvimento Humano, comandada por Pollyanna Dutra (PSB).

Francisca destacou que a Secretaria já realizou visitas técnicas a Patos, escolheu um imóvel com boa estrutura e, ainda assim, o centro permanece inativo, enquanto centenas de famílias com pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) seguem desassistidas.

“É inadmissível que em mais de dois anos nada tenha sido feito de concreto. As famílias esperam, e o Estado não responde. Isso é uma negligência com um direito básico de cidadania”, declarou a parlamentar.

O tom do discurso gerou repercussão não apenas entre os deputados, mas também na imprensa. Durante participação na Rádio Arapuan, programa 60 minutos de Patos, o comentarista político Corsino Neto questionou se o atraso na instalação da Casa do Autista poderia estar relacionado a disputas políticas, já que Patos é reduto eleitoral de Francisca Motta e Pollyanna Dutra é de Pombal, cidade que já conta com o centro em funcionamento.

A dúvida levantada é se estaria havendo algum tipo de “boicote político” para dificultar a chegada do equipamento público à Morada do Sol, o que gerou indignação entre patoenses e mobilizou apelos de diversos setores da sociedade.

O Blog do Jordan Bezerra entrou em contato com a assessoria da secretária Pollyanna Dutra para comentar o assunto e esclarecer os motivos da demora, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

O presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), informou que a Mesa Diretora irá subscrever o pedido de Francisca, reforçando a cobrança junto ao Governo do Estado. A parlamentar também se colocou à disposição para ajudar na viabilização do projeto.

Com a pressão aumentando e o apelo público ganhando força, Patos quer saber: por que a Casa do Autista ainda não saiu do papel? E, sobretudo, por que Pombal já tem e Patos, mesmo com a demanda evidente, ainda espera?

Blog do Jordan Bezerra