‘Sirvo para eleger o governador, mas não sirvo para presidir o partido?’, desabafa Ricardo Coutinho ao criticar ‘mesquinhos’ do PSB

12/09/2019 - 11:28 - Política

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‘Sirvo para eleger o governador, mas não sirvo para presidir o partido?’, desabafa Ricardo Coutinho ao criticar ‘mesquinhos’ do PSB

Ricardo Coutinho

 

 

O ex-governador Ricardo Coutinho falou pela primeira vez desde que assumiu a comissão provisória instituída pela direção nacional do PSB, em meio à crise interna na sigla. Em entrevista à rádio Serra Branca FM, na tarde desta quarta-feira (11), teceu duras críticas ao socialistas que se opõem às mudanças na direção da legenda e sugeriu que o desentendimento no partido é causado por pessoas ‘desleais’ e ‘mesquinhas’.

 

 

Ricardo Coutinho questionou os socialistas que se opuseram à ascensão dele ao comando da comissão provisória instituída pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e fez questão de relembrar o papel desempenhado por ele na eleição de João Azevêdo ao Governo do Estado.

 

 

“Eu estava me perguntando uma coisa muito simples, quer dizer que eu sirvo para eleger senador, para eleger um governador que há quatro meses da eleição tinha 2% de conhecimento, eu sirvo para fazer bancada de 22 deputados estaduais, 6 federais, e agora eu não sirvo para presidir o partido que eu construí ao longo desses anos todos? Tem alguma coisa que não se encaixa, alguma verdade que não foi dita”, disse.

 

 

Sem citar nomes, Ricardo Coutinho respondeu a parlamentares da base do governo que se colocaram contra a mudança na direção do PSB . Ele duvidou da capacidade desses deputados de se elegerem sem a ajuda dele na campanha.

 

 

“Se não fosse a minha determinação, muitos não seriam nem deputado. Tem deputado que disputou não sei quantas vezes em outro esquema, onde fazia papel de bobo da corte, e nunca passou de 4 mil votos. Foi eleito comigo, pois nós entendíamos que era importante, e hoje abre a boca para poder ter uma postura raivosa contra muita pessoa, e não têm o que dizer, e ficam dizendo que eu sou chato. Eu sou aquilo que eu sou e todo mundo sabe disso”, reforçou.

 

 

Para Ricardo, foi ‘democrática’ a renúncia coletiva que levou à destituição de Edvaldo Rosas na presidência do PSB. “Houve uma renúncia, que é um ato democrático, é um ato pessoal, e é um ato estatutário. Nos países que têm parlamentarismo, quando a maioria do parlamento vota um voto de desconfiança, o governo cai. No partido, é a mesma coisa. Quando a maioria renuncia, a direção cai, e cabe à instância superior, que é a Executa Nacional, nomear uma comissão provisória”, disse.

 

 

Coutinho revelou que foi ‘convencido a aceitar’ assumir a direção do PSB e destacou que recebeu amplo apoio da direção nacional da legenda. Ele acusou a antiga gestão do PSB de usar o partido para ‘angariar’ cargos no governo.

 

Blog do Jordan Bezerra

 

Com informações, polêmica paraíba