O deputado federal Luiz Couto (PT–PB), 80 anos, trouxe à tona nesta semana um tema usado como instrumento de ataque nas disputas políticas. Em pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados, ele denunciou os ataques velados que vem sofrendo em agendas pelo interior da Paraíba, onde, segundo relatou, sua idade tem sido usada como argumento para questionar sua permanência na vida pública.

 


Sem citar nomes ou grupos específicos, Couto relatou que vem sendo alvo de insinuações maldosas, nas quais adversários estariam espalhando dúvidas sobre sua capacidade de continuar atuando como parlamentar. Em tom firme, ele classificou os comentários como um “crime de etarismo” e afirmou que os boatos beiram a crueldade. “Insinuam que estou velho demais para continuar servindo ao povo e que posso até morrer no caminho. É isso que eles falam”, desabafou.

 


A reação do deputado não se limitou à queixa. Com a autoridade de quem acumula décadas de militância, Luiz Couto resgatou sua trajetória como padre, professor e defensor histórico dos direitos humanos. Argumentou que sua idade não representa limitação, mas experiência. “Cada ruga conta uma história de trabalho. Minha idade não é fraqueza, é trajetória”, disse.

Couto também aproveitou o espaço para criticar o uso instrumentalizado da juventude no discurso político, especialmente em períodos eleitorais. Segundo ele, vitalidade não se mede por idade, mas por compromisso com as causas populares. “Não me curvarei a mentiras e difamações. Minha vida pertence a Deus e sigo com a força que vem do povo”, declarou, reforçando que permanecerá na atividade parlamentar enquanto tiver saúde e disposição.

Blog do Jordan Bezerra 

Com informações de Fonte83