Hugo Motta critica atitude do governo federal ao aumentar o IOF: 'O Brasil não precisa de mais imposto'; veja

27/05/2025 - 09:37 - Política

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Hugo Motta critica atitude do governo federal ao aumentar o IOF:  \\\'O Brasil não precisa de mais imposto\\\'; veja

Hugo Motta critica atitude do governo federal ao aumentar o IOF: 'O Brasil não precisa de mais imposto'

 

A insatisfação com a condução econômica do governo federal voltou ao centro das discussões políticas nesta segunda-feira (27), após uma série de reações ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida anunciada e parcialmente revista em menos de 24 horas. O episódio escancarou o desgaste entre o Executivo e o Congresso Nacional, que passou a reagir com maior contundência às estratégias fiscais do Planalto.



A crítica mais simbólica veio do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Em uma publicação nas redes sociais, Motta questionou os gastos do governo e apontou que o Executivo não pode transferir ao Legislativo a responsabilidade pelos desequilíbrios fiscais. “Quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, escreveu. Ele também afirmou: “O Brasil não precisa de mais imposto. Precisa de menos desperdício.”

 


O pano de fundo é o decreto do governo federal, publicado na última quinta-feira (22), que elevava a alíquota do IOF sobre investimentos no exterior. A repercussão negativa foi imediata, especialmente no mercado financeiro. No dia seguinte, o Ministério da Fazenda recuou parcialmente, retirando da medida o impacto sobre fundos de investimento nacionais.

 


Ainda assim, a reação política se intensificou. Na Câmara, a oposição apresentou um Projeto de Decreto Legislativo para sustar completamente o aumento do imposto. O autor da proposta, deputado Luciano Zucco (PL-RS), também protocolou um pedido para que o ministro Fernando Haddad preste esclarecimentos ao Parlamento. A audiência já tem data marcada: 11 de junho.

 


No Senado, o movimento foi replicado pelo líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), que apresentou projeto com o mesmo objetivo. Para ele, o recuo parcial do governo evidenciou a falta de preparo e articulação na formulação da política fiscal.

 


A convocação de Haddad, inicialmente voltada à discussão sobre isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil e crédito consignado para trabalhadores CLT, agora deve ter como foco principal o IOF.

 


O episódio realça uma tensão que vai além do imposto em si: há um incômodo crescente no Congresso com o que parlamentares classificam como improviso e ausência de diálogo do governo em temas sensíveis da economia. A sinalização pública de Hugo Motta reforça esse mal-estar e indica que a interlocução entre os Poderes, ao menos na área fiscal, tende a enfrentar novas turbulências.

 

 

Blog do Jordan Bezerra

Com informações de CNN Brasil