O Blog do Jordan Bezerra conversou com a patoense Fagna Chagas, ela que é ultramaratonista e vem se destacando na modalidade no cenário nacional, inclusive entrou para a seleção brasileira de ultramaratona, a partir de uma marca que atingiu no Rio Grande do Norte, onde superou os 195 quilômetros de maratona em uma prova que tinha uma duração de 24 horas. Essa sertaneja arretada tem conquistado seu espaço no esporte e nesta sexta-feira, dia 4 de novembro, bateu um papo franco com o Blog, falando dessas conquistas e seus sonhos.



Inicialmente, Fagna falou um pouco da sua personalidade fora dos holofotes do esporte e da sua motivação.



“A Fagna antes de começar a correr, ela começou tudo por conta da saúde, colocar o esporte para poder perder peso. Eu estava acima do peso e comecei a correr para poder atingir os meus objetivos. Daí eu comecei a gostar de correr e comecei a fazer pequenas provas, e a me desafiar. Eu comecei a ver que a minha saúde é muito importante e comecei a fazer o esporte de correr.”



A maratonista, então, explicou como se dá o processo esportivo do ultramaratonismo, destacando suas marcas e questão física e psicológica durante as provas.



“Correr 24 horas tem que ter um preparo, tudo tem que ser treinado. Saí da prova de 24 horas de maio e tive só uma semana de descanso, já comecei a treinar. Na hora de fazer a minha alimentação eu pego e vou caminhando comendo, ao mesmo tempo já deixo a alimentação e volto a correr. A água é correndo, não preciso estar parando para beber. Eu só saio mesmo da pista para ir ao banheiro, mas outra coisa não saio da pista. Vinte e quatro horas não é fácil, mas quando você tem um treinamento, quando vc tem um psicólogico bem, dá para conduzir.”



Fagna falou também como lida com o seu processo de treinamento diário, associando-o às demais atividades de trabalho e lazer.



“Eu me acordo muito cedo para treinar. Me acordo em torno de 4 horas da manhã para treinar, porque eu começo a trabalhar de 7 e meia. Então eu faço os meus treinos pela manhã. Todos os dias eu tenho essa rotina de me acordar cedo, porque eu não vivo de corrida, tenho que trabalhar, e agora que estou participando dessas competições. Eu não tinha patrocínio, agora que tenho alguns que podem me apoiar. Então a minha rotina é bem complicada, porque eu tenho que correr contra o tempo para poder treinar e trabalhar. Durante o final de semana, que são treinos mais longos e mais pesados eu me acordo de 3 horas da manhã, treino para chegar ao trabalho de 7 e meia.”



A atleta falou um pouco dos seus sonhos e objetivos futuros e das próximas competições que irá enfrentar representando o estado paraibano pelo mundo.



“Essa minha prova agora é a minha prova da superação. Natal foi para me desafiar. Essa, já coloquei na mente, vai ser a prova da superação, porque eu quero fazer acima do que eu fiz em Natal. Então eu quero me superar nessa. Depois de terminar essa prova, meu sonho é, no ano que vem, continuar treinando e conseguir ir para a China, para conseguir correr bem lá e representar Patos, minha Paraíba, o que não vai ser fácil, porque a programação é para dezembro de 2023. Então eu preciso ver o ano que vem como serão os apoios. Meu sonho é que tudo dê certo nessa prova. Está tudo entregue nas mãos de Deus.”




A atleta explicou o motivo de escolher a ultramaratona como seu esporte de destaque. Fagna afirmou que pulou etapas no maratonismo, disputando, logo de início, a ultramaratona. Destacou que se identificou com a modalidade por ser um esporte que demanda o máximo de resistência possível. Fagna evidenciou o seu interesse por provas de máximo esforço físico e não escondeu o seu amor pela ultramaratona. 



Sobre a sua participação compondo a equipe da seleção brasileira após atingir o índice da ultramaratona no Rio Grande do Norte, Fagna explicou como essa oportunidade fará com que as suas opções atléticas sejam diversificadas, ao participar de um maior número de competições.



“O importante dessa prova para mim é atingir a minha marca. Eu melhorando a marca que eu tenho hoje, no lugar de estar em terceiro lugar (no ranking de melhores ultamaratonistas nacionais) posso estar em primeiro. Eu tenho que aumentar os 196 km. A minha percepção é de aumentar para acima de 200 km. Para mim é melhorar a marca para vim outros calendários e estudar junto com meu professor o que a gente vai fazer.”

Patrocínios:

Fagna conseguiu um maior apoio após a realização da prova no Rio Grande do Norte. A atleta falou da sua recepção na cidade de Patos após o seu feito, destacando a presença do prefeito Nabor Wanderley, do apoio que recebe agora da Prefeitura Municipal de Patos e, sobretudo, do vereador David Maia no suporte para a sua prática esportiva, um apoio muito importante para a atleta, que agradeceu, durante a reportagem, o parlamentar, juntamente à secretaria de esportes de Patos pelo impulso dado nos sonhos da atleta. Fagna também recebeu votos de aplausos na Câmara Municipal pelos seus feitos.

Blog do Jordan Bezerra/Esporte